A palavra informação. A palavra digitada na máquina é bem esquisita. Fácil ela parece verdade universal porque não carrega um lugar de acolhimento mais calmo. Não quero digitar verdades nessas letras que irritantemente não se alteram de uma para outra. Meu pensamento nada se parece com a constância dos traços dessas letras. O desenho e a letra escrita à mão nos permite passear em espaços de excitação e impulso. Existe ar, dúvida e assim, reconhecimento! A luz dessa tela branca insiste em nos dar algo sem nos receber por nenhum segundo. Vê como se impõe a nós essas linhas constantes e essa luz? Existe um aprofundamento difuso, plano e confuso na tela... o qual não parece corresponder aos espaços que carregamos em nós.
Assim ficamos com uma certa saudade. Saudade daquilo que corresponde a nós. Uma saudade do espaço que o traço no papel nos testemunha. Flui linhas de letras nas articulações do meu braço. O papel amarelado me dá certo limite e liberdade, porque depois de me receber me devolve a mim.
Comments